Usando o seguro

Sempre achei besteira este negócio de seguro, e na América do Sul nunca usei. Mas como aqui era obrigatório, não teve jeito. Pois bem… graças ao seguro, não acabei a viagem mais cedo, então antes de falar sobre Viena, quero falar sobre isto – e quem me acompanhou no twitter deve ter se cansado de ler minhas reclamações na época hehe

O que acontece

Neste post comentei sobre umas picadas que tinha tomado em Cracóvia, sem saber bem o que era – 3 dias depois, em Buda, percebi que meu braço e perna esquerdos estavam bem marcados: não doíam, não coçavam, mas as picadas estavam bem inchadas e feias. A noite confirmei que as costas também não estavam melhores – tirei até uma foto para deixar de recordação; só não esperava que esta seria a foto menos feia da situação…. quem tiver curiosidade mórbida, fique a vontade: http://olemxela.multiply.com/photos/album/57/Budapeste#photo=12 mas a pior, que tirei 2 dias depois, não tenho coragem de publicar, não…

No dia seguinte mandei email para o pessoal do seguro pedindo o telefone novamente (só para confirmar), mas mais 1 dia se passou e esperando o ônibus para Viena, o ‘caldo entornou’ com algumas marcas piorando muito. Chegando em Viena, como já era tarde só fui dar uma volta pela região e deixei tudo para o dia seguinte. Durante a noite, a mão inchou a ponto de a aliança ficar presa, e quase arranquei o dedo para tirar a aliança antes de piorar mais ainda.

Chamando o seguro

Pela manhã, ainda com esperança de resolver fácil, o atendente do hostel me levou em uma farmácia, onde a moça se assustou e disse que não ia passar nada sem um médico me ver. Não teve jeito então… liguei para o seguro via skype, deixando o celular do rapaz do hostel (que foi formidável, atencioso demais e sem o qual tudo poderia ter se complicado demais…) como contato. Eles passaram para um pessoal em Viena, que me ligou, passei o que ocorria e endereço, e eles enviaram o médico de Budapeste ao hostel.

Quando finalmente o médico chegou, mediu o que precisou e me deu alguns remédios ali mesmo, além de acompanhar até a farmácia (e o carinha do hostel junto…) e me deixou com um monte de remédios para tomar(antihistamínico e corticóides, basicamente) e pomadas .  Os remédios eram tão fortes que já no dia seguinte comecei a melhorar e 2 dias depois as marcas continuavam bem feias, mas já sem inchaço ou sangramento. UFA!!  Como era umas 16h00, eu sem noção fui aproveitar o restante do dia para conhecer um pouco de Viena (fica pro próximo post) – o que valeu bastante!

A volta

Por 1 semana fiquei bem, mas perto do fim da viagem, em Praga, tive outra reação – desta vez muita coceira e inchaço não só das picadas, mas do braço todo, pernas e costas a ponto de praticamente não dormir por 2 noites, já procurando desesperatamente por algum bicho na cama, que obviamente não tinha.

Por sorte estava sozinho no quarto, ou ninguém mais ia dormir hehehe. Como estava quase em casa, nem acionei o seguro: andei bastante ainda, mas quando fiquei ruim ao fim do segundo dia (meu ultimo no Leste) passei numa farmácia levando o que o médico tinha me dado e garanti que ia logo para outro médico, assim consegui uma pomada (sim: tinha gente falando inglês na farmácia); no dia seguinte voltava a Madrid ainda mal, e no próprio aeroporto passei em outra farmácia, onde a atendente não queria me vender sem médico. Tive que jurar que voltava prá casa no dia seguinte e ia em um hospital – assim ela me deu uma pomada e corticóide para tomar. Fez efeito na hora, e apesar de ainda não estar ótimo, desinchou no mesmo dia e pude aproveitar bem o último dia de viagem em Madrid, além de dormir bem no avião, com criança de colo na fileira e tudo.

Chegando em Sampa, ao invés de ir para casa fui direto pro hospital, mesmo com tudo praticamente normal – mais 1 semana de remédios e tudo finalmente curado, graças a Deus.

Resultado

Apesar de ter levado tudo na boa, foi um susto muito grande (principalmente quando voltou) pois nunca tinha tido qualquer reação alérgica a bicho, o que me levou a boas piadas quando voltei para casa, afinal são poucos os que saem do Brasil para sofrer com bichos exóticos na Europa 😛

O seguro foi tudo ótimo,o único ponto negativo é que entre entrar em contato com o seguro e o médico efetivamente chegar, foram umas 5 horas – mas o médico que me atendeu era bastante competente (e o único até hoje que reconheceu prá que servia um remédio que tomo regularmente)  e realmente resolveu o problema – a volta do problema acho que foi porque tomei o corticóide por mais tempo do que o médico havia dito para tomar, o que pode ter piorado tudo.

E o resultado final, além de uma história para contar, é que fiquei com as marcas das picadas por mais de 1 mês, e as das costas por mais tempo ainda. Mas… já tá tudo ótimo e atrapalhar mesmo, só atrapalhou 1 dia de viagem.