Aquário Natural

Daqui poucas horas estamos embarcando novamente de viagem, depois de quase 1 ano que a gente voltou de Bonito – então nas próximas semanas vai ser dificil blogar por aqui.

Mas não posso sair sem antes terminar de escrever sobre Bonito, assim vamos ao último passeio feito ano passado!

Aquário Natural é mais uma flutuação, seguida de caminhada. Como este não tem transporte compartilhado, usamos um particular mesmo – ele nos deixa lá e fica esperando até terminar. Como sempre, a estrutura do lugar é ótima (e é esta estrutura forte que faz tudo ser tão caro). Mas não esperamos muito para começar o passeio.

Almofadas em lugar das redes... prefiro rede hehe

Primeiro tem um treinamento na piscina, para quem ainda não usou snorkel aprender a usar. Depois finalmente vamos para o rio propriamente dito.

Treinamento para snorkel

Este aqui parece bem mais ‘selvagem’. São 900 metros em 40 minutos, num lugar com bastante peixe, porém  poucas espécies – o diferencial aqui é a quantidade imensa de plantas aquáticas, de diversos tipos e cores, com visibilidade maravilhosa.  É obrigatório usar o colete, tanto porque algumas vezes a correnteza leva a gente para perto das margens, quanto para ajudar a flutuação em alguns lugares onde as plantas ficam muito próximas da superfície.

Aqui inicia a flutuação.

Lindo!

Contraste bem legal

Até o mato fica bonito aqui

Aliás, é esta quantidade de plantas que deve ter atraído a jibóia que diziam que foi vista  por ali na mesma semana – estava doido prá encontrá-la, mas já tinha ido embora…

Parece arte abstrata hehe

E aí, povo....

Dá prá reconhecer a Mima?

Depois do passeio, vamos caminhando até uma o Rio Formoso, onde tem uma pequena carretilha prá gente brincar- é muito divertido:  pulei três vezes 🙂 Finalmente, na volta a gente passa por um caminho onde às vezes são encontrados jacarés, e mais perto da fazenda temos algumas capivaras.

Capivara

Este passeio foi somente meio-dia, mas dá prá fazer de dia inteiro, se combinar com a ‘trilha dos animais’ ou algo do gênero e vale bem a pena por ser uma flutuação bastante diferente das outras.

Depois disto foi almoçar ali no centro, arrumar as coisas e relaxar, que no dia seguinte bem cedinho uma van nos pegou e levou direto até o aeroporto de Campo Grande.

Prá terminar

Bonito é bastante caro, mas lindíssimo e vale muito a pena conhecer – faça flutuações (mais de uma), cachoeira, grutas… tem passeios para todo gosto, e a meu ver são necessários pelo menos 4 dias inteiros aqui para começar a conhecer a cidade.  O mesmíssimo vale para Noronha.

Enfim, dois lugares que fazem jus a fama que tem e valem demais – especialmente prá quem gosta de natureza e de brincar na áqua. Inesquecível!

Té a vorta

Dilúvio no Rio da Prata, e Buraco das Araras

Amanheceu um dia muito feio, justamente no dia de um dos principais passeios da região: a Flutuação no Rio da Prata

O passeio é feito em grupos de no máximo 9 pessoas, sempre acompanhadas de guia, todos com hora marcada – por causa da chuva, os passeios estavam um pouco atrasados, então curtimos a parte das instalações, que é muito boa.

Sede da fazenda

Depois de vestir o equipamento e a roupa, uma caminhonete deixa a gente no início da trilha – que foi feita embaixo de chuva! O caminho tem uma mata bem razoável e no meio encontramos uma anta (o animal mesmo, não algum politico…) – era bem grandinha e uma pena que a saiu correndo rapidinho, sem tempo prá sequer tirar foto 😦

Após uns 30 minutos, chegamos ao início da flutuação, por sorte com a chuva diminuído bem. A flutuação ali é maravilhosa… com um monte de tipo de peixe, de várias cores e tamanhos.

Piscina para treinamento até iniciar a descida

Seria o 'enterro' do peixe?

Até o mato gera umas imagens bonitas

A correnteza forte faz com que não precisemos nos preocupar em ir em frente, exceto prá não perder o pessoal. De tempos em tempos voltava a chover, mas dentro da água mal dava para ouvir barulho ou perceber uns pingos – até que olhava prá fora e estava caindo o mundo na nossa cabeça! Muuita chuva mesmo!

O jacaré

Lá pelo meio do caminho vejo o guia segurando um pouco o pessoal – era prá mostrar um jacaré relaxando por ali… do lado de fora da água só dava prá ver a cabecinha, bem pequena; mas por baixo dágua o bicho era enorme – pena que com a correnteza foi tudo meio rápido… mas agora já tinha visto um tamanduá, anta, jibóia e o jacaré – zoológico completo 😀

Aquela é a cabeça do jacaré

Raios em nossa cabeça

A descida é de 2 km e durante esta mais ou menos 1 hora de baixo dágua o tempo melhorou e depois piorou muito! Seguimos nadando até uma nova parada rápida para desviar de uma árvore caída – mas mesmo nos piores momentos de chuva, só dava para perceber quando olhava prá fora, que debaixo continuava tudo tranquilo.. exceto por um ou outro flash de raio que caía em algum lugar.

Embaixo dágua é sempre d+

Um vislumbre do Dilúvio

No final, temos um pedacinho caminhando por terra, onde descobrimos que vários do nosso grupo tinham tomado choque com o raio mais forte. O negócio foi tão forte que dos 9 do nosso grupo, só eu a Mima e o guia não sentimos nada, enquanto um ficou até com os dedos dormentes por um tempo. Além da gente, outro grupo que estava na água também teve gente tomando choque – foi meio assustador saber disto!

Prá terminar.

Mas como a chuva parou, então todo mundo entrou na nascente do rio Olho D´água para brincar um pouco nos ‘vulcões’ de onde ele surge e continuamos dentro da água até encontrar com o barco – la, a  ideia era fazer mais uma flutuação por este rio até o final propriamente dito, mas com a chuva o fundo revirou muito, a visibilidade não estava tão boa naquele pedaço, resolvemos terminar o passeio no barco que estava esperando a gente ali.

Vulcões dentro dágua

O ultimo obstáculo

Depois disto é um almoço espetacular na Fazenda (almoço tão famoso quanto o passeio em si), e um tempinho prá descanso no redário, que depois de tanta aventura, descansar faz bem!

Buraco das araras

Quase todo mundo vai do Rio da Prata para este passeio, já que são bem próximos. Temos ali um enorme buraco (100 m. de profundidade, por 500 de circunferência), onde há muito tempo as araras fizeram seu lar, o chamado Buraco das Araras

Por algum tempo este local foi lugar de desova de corpos (imagina-se que principalmente na época da ditadura), e com o tempo os pássaros foram embora, mas nos ultimos anos a preservação está fazendo com que eles comecem a retornar, voltando a viver e acasalar em seu santuário. A volta completa, sem pressa, dura em media 60 minutos, e vale muito a pena – mesmo que as Araras sejam difíceis de se ver, já que ficam longe.

Buraco das araras

O mais legal é quando começavam a ‘conversar’ entre si, e de repente algumas levantavam voo… bonito demais!

O amor é lindo...

A flutuação estava em R$ 95,00 + 20 do almoço, e a entrada no Buraco R$ 25 e se com um dia chuvoso já foi ótimo, que dirá com sol. Vale demais fazer ambos os passeios…

Peixes e Jibóias

Este post tem tantas fotos que vai parecer um fotolog, mas a verdade é que foi um dia bem cheio

RIO DO PEIXE

Uma das boas decisões que fizemos foi fazer um pouco de cada coisa: em Bonito há diversas flutuações e diversos passeios por fazendas de cachoeiras. Tínhamos pensado em fazer o Rio de Peixe e a Fazenda Formosa, mas li que acabam sendo passeios muito parecidos – como o rio do Peixe é dia inteiro (e preço parecido com o da Formosa), ficamos com ele 😉
Logo cedo, os bichos da própria fazenda são encantadores demais. Eles tem uns cachorros minúsculos e que acompanham alguns grupos.. era engraçado os cachorros saírem com a gente e quando alguém ficava prá trás, ficava lá esperando também, até todo o grupo estar junto – minúsculos se achando vigias.. uma graça.

Lara, a Arara

Mas a melhor é uma arara azul que um dia chegou por lá e ficou. É lindíssima e extremamente sem-vergonha: basta começar a coçar, que ela vai abrindo as asas, mostrando onde gosta mais. Se for no pescoço então… vira até quase quebrar.

A arara Lara

Pela manhã, caminhamos pela mata passando em diversas cachoeiras, com algumas paradas para banho… água gelaaaaaada, mas brincar debaixo de cachoeira vale muito a pena. Até a última, que é um tantinho mais dificil de chegar e tem um lugar bastante alto prá pular.

Cachoeiras
A maior e mais bonita de todas

Era engraçado ficar tirando sarro de todo mundo que ficava tentado a pular e não conseguia, ou mesmo desistia depois de um pouco – até chegar a minha vez. Acho que só na 3ª ou 4ª tentativa é que tomei coragem e me larguei – e olha que já tinha um monte de gente lá embaixo, mas dá um medão! hehe

Foi duro arrumar coragem prá pular.

Nestas horas valeu a proteção de água da máquina, que tem uma caverna lá embaixo que rendeu umas fotos bem legais – mas só alguém magérrimo prá entrar nela de verdade…

Buraquinho apertado este…

O almoço é maravilhoso, mas a festa vem depois do descanso, quando o dono começa a chamar a macacada… todo mundo consegue dar uma banana pros bichos, fazendo uma festa danada. Engraçado que algumas caiam no chão, eles pegavam, limpavam e só depois comiam. Bicharada esperta.

Cochilo após o almoço
Hora do almoço….
Nada é o suficiente

Olha o filhote nas costas.

Pela tarde, mais uma caminhada para outro lugar, nadar um pouco mais e brincar numa tirolesa… depois de uma escorregada animal, consegui pegar o jeito da coisa – é bastante divertido.
E antes de sair, aparecem mais algumas araras, tucano e outros bichos prá gente poder ver mais um pouco desta natureza linda demais.

Tucanos também aparecem

Passeio delicioso de dia inteiro que recomendo demais fazer.

PROJETO JIBÓIA

Este é o dia que a gente chegou mais cedo, então aproveitamos que o hotel era do lado do projeto e fomos lá conhecer.. primeiro, tem algumas protejidas por vidro que sao enormes, inclusive umas pithons bastante estranhas.
O cara que criou o projeto não estava neste dia, mas o ‘substituto’ já foi ótimo. A ideia do projeto é tentar desmistificar um pouco as cobras e nossa relação tumultuada, prá dizer o mínimo.

Jibóia e Python (a branquela)

Lógico que elas são perigosas, mas principalmente porque nós as atacamos antes delas fazerem qualquer coisa, ou porque estavam dormindo de boa até a gente chegar na casa delas. Ele também aproveitou e comentou que durante uma flutuação no Aquário Natural ndaquela semana, haviam visto uma jibóia de uns 9 metros passeando – (nosso guia tinha um vídeo de uma destas prá mostrar no dia seguinte). Como o último passeio era bem por lá, quase a Mima desiste hehe

Prá terminar, nada como dar uma pegadinha e tirar fotos abraçado com a cobra 😛

Enrolado numa cobra, literalmente…
O palestrante e sua tiara

O passeio de dia todo no Rio do Peixe, com almoço incluído, custa R$ 85,00 na  baixa temporada. Já o Projeto Jibóia não lembro o preço, mas não é caro e vale totalmente a entrada.

Flutuação no Rio Sucuri

Da gruta fomos direto para a fazenda, onde tivemos um almoço excelente, mesmo sendo o menos bom de todos. Vale a pena incluir o almoço…Depois de um cochilo nas redes do lugar, deixamos as coisas em um armário fechado e vamos para o rio.

Na caminhada até lá vimos nossa primeira ‘mata-pau‘, esta árvore cuja semente foi colocada por um passarinho e com o passar dos anos vai sugando todos os nutrientes da árvore onde ela cresce, dando um abraço mortal na pobrezinha. Muito interessante, e tem em todo lugar este tipo de coisa.

Abraço mortal.

Depois demos uma passada na nascente do rio (que vem debaixo da terra, como se fosse a erupção de um vulcão, mas de água) e um treinamento básico para snorkel e aí sim começamos a flutuação propriamente dita.

Nascente

A água é cristalina (das mais cristalinas do mundo, aliás), dá prá ver bem longe, e o que vemos aqui são principalmente Piraputangas, diversas e a todo tempo e mesmo o mato dentro da água é muito bonito de fotografar.

Durante o trajeto, tem 2 decks para uma parada rápida de descanso para quem precisar.

Em TODAS as flutuações está incluído o uso de roupas de neoprene, snorkel, nadadeiras e mesmo colete salva=vidas (muito útil mais nos lugares muito rasos que no fundo). As roupas ajudam a manter o corpo quente (os rios não são frios, mas sempre há alguma caminhada prá fazer) e também ajudam a boiar.

Ao final do passeio, mais um pouco da fauna local, desta vez em lugar mais seco 😉

Passeio de meio período,  custa R$ 90,00 (paguei 75, o que já era beeeem caro, como todas as flutuações, aliás) + R20,00 do almoço – por isto a junção com a gruta. Como é um rio cuja correnteza é bem leve, com esta visibilidade impressionante,  fica muito bom como primeira flutuação.

Gruta do Lago Azul

O bom de ficar um pouco longe do centro é que quase sempre somos os ultimos a serem pegos pelo transporte compartilhado, podendo enrolar um pouquinho mais antes de sair 🙂
Assim, pela manhã fomos para um dos ‘MUST DO’.

Gruta do lago azul

Para fazer a caminhada é obrigatório o uso de capacete – afinal, vamos entrar em uma caverna que ainda está em formação – não é comum, mas as vezes cai alguma pedra e nestas horas é bom estar protegido…

Preparando para as pedradas

O lugar é muito organizado, com os grupos saindo de tempos em tempos, para dar espaço para todos. A caminhada até a entrada da caverna é feita sob árvores e bem tranquila. Já a descida… ali não há segurança, então o melhor é ir observando onde a pessoa a sua frente vai pisando, tomando cuidado para deixar os que sobem passar. A descida não é muito pesada e bastante gente de idade faz o passeio, mas é importante estar de tênis e sempre tomando bastante cuidado.

Descendo a caverna

Já pouco depois da entrada da caverna dá para ver o lago, de um azul impressionante… mas não fique só olhando para baixo, que a vista de baixo prá cima também é muito bonita.

Vale olhar prá cima também...

O passeio vai até bem perto do lago, com várias paradas para fotos em diferentes pontos da caverna. Quanto mais perto, mais vc percebe que o lago é bem fundo (tem mais de 80 metros de profundidade) e a extensão dele ainda não é totalmente conhecida.
Mas isto é tecnicismo… o que importa é que o cansaço da descida (e mais ainda da subida) vale a pena.

Lago azul

O passeio custa R$36,00, é feito normalmente pela manhã e é bom reservar com antecedência, especialmente em fevereiro (quando a luz do sol bate na água) porque é um número limitado de pesoas por dia.