Viena – geral

Quem leu sabe que a estadia em Viena teve sua parte de problemas, mas nada disto impede de dizer que é uma belíssima cidade e como disse no post anterior, vale tranquilo de 3 a 4 dias!

Em história a gente estuda a Espanha, Portugal, Inglaterra, Itália. Hoje, vemos a Áustria como um país pequenino no mapa e acabamos esquecendo o Império Austro-húngaro, que foi uma das maiores (senão a maior) dinastia que já houve. Afinal, os habsburgos reinaram no país por vários séculos, e a familia teve posições em diversos governos do mundo, como França (antes de Napoleão e também com ele), e o próprio Brasil (a Imperatriz Leopoldina). Além do mais, o império era muito grande, incluindo também parte da antiga Tchecoslováquia. Com isto, tiveram poder e muita riquezas, podendo criar castelos grandiosos para apreciarmos hoje.

Também atrairam(e incentivaram) a cultura, gerando diversos dos grandes gênios da música e alguns de pintura. E muito de tudo isto que foi feito está em Viena, para que hoje possamos disfrutar. Claro que não dá para esquecer que Hitler também veio dali, mas este a história dos outros países da região é que contam.

Viena foi de longe o país mais caro desta viagem – afinal, além de ser em euro,é um país que está anos a frente da Espanha na economia e do qual não ouvimos falar de crise, então o custo de tudo é um pouco mais alto – mas nada proibitivo em tempos de euro a 2,2 reais.

Hospedagem

Foi complicado encontrar um hostel com preço legal aqui.. os mais baratos não são muito bem avaliados, ou são muito fora de mão. Mas, depois de muito pesquisar, encontre um que parecia ter um bom custo-benefício, o Believe it or not Pelo hostelsworld tinha bons comentários, então mandei email e me passaram um preço até melhor diretamente. Foram 22/euros por noite em quarto misto para 8 pessoas.

Me preocupei um pouco com a quantidade de pessoas, mas gostei. É um dos melhores hostels que já fiquei até hoje – de longe o melhor na viagem. Tem 3 ou 4 netbooks que ficam ali para quem quiser e uma tvzona na sala comum, além dos já normais livros e mapas. Um banheirão enorme, além de alguns menores sem chuveiro, café da manhã bem decente, e um atendimento que foi outro nível. Sem dúvida, o Mihaelo (grego que trabalha lá) foi um grande ponto positivo na viagem. Ele me levou na farmácia, emprestou o celular para receber as ligações do médico, depois foi com o médico comprar os remédios. Além de dar dicas muito boas de todo lado, e sair com a galera a noite. Atendimento 200%.

Ponto negativo é o lugar em si, que fica num prédio que parece abandonado, e a parte de dormir, que são triliches então parece muita gente – mas só parece, porque é tudo tão bem feitinho, tão confortável que vale demais a pena. Para quem for ficar em albergue/hostel, este é super recomendado. Outro ponto não tão bom é que são uns 20 minutos de caminhada até o centro – mas tem ônibus que passa direto e pegando passe vale a pena esperar

Transporte

Antes de sair de casa já tinha decidido pelo passe de 72 horas – não é caro  (13,60 euros)e você fica livrepara usar o transporte para todo lugar – e em Viena transporte público é outro nivel… Como falei, tem um ponto de ônibus no Volkstheatre com um reloginho marcando os minutos que passam para chegar o próximo ônibus. Os bondes já é meio impressionante, porque vão nas ruas – mas tem suas passagens especiais pelos trilhos – mas ônibus de linha é demais 🙂 Por último: em nenhum momento da minha passagem pediram para ver meu passe, nem em metrô, tram ou ônibus. Mas não vale arriscar: uma brasileira com quem conversei mais tarde teve um fiscal pedindo para ela o passe – como tinha, não houve problemas, mas se não tiver a multa é bastante pesada. E ai de quem não pagar… Assim, não se arrisque!

O único que não peguei foi o Viena Card que além de transporte, tem também descontos em diversos museus – como não planejava aqueles de música, acabei nem pegando – mas acho que o desconto valeria a pena o custo, sim. Portanto, faça os cálculos do que quer ver e quanto fica o Viena Card e seus descontos. Se for muito próximo, acho que vale pegar o ‘card’ porque assim vc pode sempre aproveitar mais algum desconto 😉

Tram

 Claro, quem quiser pode se divertir com as charretes, que são muitas em todas as cidades que visitei nestas férias…

Transporte alternativo…

Alimentação

Os mais famosos de Viena são os cafés – seja o Sacher ou algum outro, em algum deve-se ir – e principalmente: mesmo não tendo achado muita coisa, vale experimentar a Sachertorte em algum lugar. Também precisa passar na doceria Demel: acabei só pegando um pedaço de bolo, mas tem tanta coisa lá que dá até pânico hehe

A comida ‘normal’ achei a menos interessante dos países visitados: tem o Wiener Schnitzel, que é a Vitela a milanesa com umas batatas – e tem o mesmo em frango… e é muito bem servida. Também tem bastante goulash e batata. Principalmente: por ser uma cidade tão ‘cosmopolita’ você acha comida de todo lugar – vi vários asiáticos por ali. Para beber, os fãs de cerveja vão se esbaldar 😉

Acho que era goulash

E claro: comer uma sausage nas barraquinhas na rua faz parte da experiência, além de ser o mais barato. Peça uma bratwurst! Também há várias barraquinhas de pizza e lugares de kebab.

Vai uma aí?

Seguindo Viagem

Até Praga são várias opções, pois são próximas. De longe, o trem me parece a melhor. Saída às 09:32, com chegada em Praga às 14:21 em trem bastante confortável e, comprando antecipadamente, consegue alguns descontos. Paguei 29 euros.  A saída é da Wien Meidling , onde você chega com o metrô U6 – ou, se estiver no ‘Believe-it-or-not’, são umas 5 paradas de ônibus.

A única coisa chata é a compra da passagem, que a http://www.oebb.at/en não facilita a vida de ninguém para comprar, mas quem for fazer esta reserva tem um post perfeito sobre isto aqui ; a única diferença é que não fiz reserva para sentar pois não tinha visto que era barato, e acabou não fazendo falta – mas pode valer a pena…

Mais fotos de Viena estão no álbum

Não fui a Bratislava

 De vez em quando numa viagem a gente tem daqueles dias em que nada dá certo – pior: diferente do dia do seguro, este aqui foi culpa minha mesmo! O que fazer? Aproveitar o restante da cidade ora esta 😉

Este era o dia que reservei para Bratislava – há 3 maneiras de se chegar lá a partir de Viena: a mais divertida (e mais cara) deve ser de barco – leva 1h45 e fica em 33 euros ida-e-volta. Dá para ir de trem, o qual não estudei o suficiente (e este foi um erro) e de ônibus, a opção escolhida.

No hostel peguei informação sobre a saída do ônibus (perto de uma estação de metro) e lá fui: como havia saido um  há 30 minutos, comprei passagem de ida e volta (11 euros), e tinha quase 2 horas para andar àtoa. Com o passe de transporte publico, fui para o mercado Karlsplatz – entre um bom tempo perdido nas ruas e depois me divertindo vendo as coisas no mercado, cheguei de volta ao terminal com 5 minutos de atraso. Se fosse a Polônia, tudo bem… mas ali até ônibus de linha chega na hora marcada nos pontos! É impressionante: placa marcando minutos de espera para ônibus de linha em alguns pontos, e depois a gente fala da pontualidade britânica…

Retomando: fiquei um tempão esperando, mas é claro que tinha perdido o ônibus. Fui então para a parada onde esperava ser a saída de trem, e estava em reforma 😦 Dei uma volta no centro e ainda pensei em pegar o próximo ônibus, mas não teve jeito: já era o passeio a Bratislava – e como disse lá no começo, por erro meu. O que fazer então? Pegar a lista de lugares ‘para ver se der tempo’. Viena tem coisa demais para se fazer sem precisar ficar triste. Assim, metrô outra vez.

THE PRATER

Desde que li sobre a Riesenrad que fiquei com vontade de ir ao Prater. O Prater é um parque de diversões a céu aberto e a Riesenrad é uma roda gigante de madeira – que foi construida em 1897, tem 65 m. de altura, o que garante uma vista bastante bonita da cidade, e foi uma das principais personagens das cenas finais de “O Terceiro Homem“, fimaço dos anos 50 – se não me engano, aparece também em “Antes do amanhecer“, romance muito bonito que deve ser visto antes de ir a Viena – e também para quem não vai prá lá. 

The Prater

A volta na roda gigante é meio cara, mas gostei bastante do passeio – mesmo com o dia nublado (o que foi uma maravilha depois de tanto sol), tinha uma vista bastante bonita de Viena.

Tá aí um bom lugar prá jantar 😉

 Dei uma volta ainda pelo parque, que tem uns brinquedos divertidos, mas não entrei em nenhum. Para terminar, tinha uma orquestra tocando na entrada, pedindo dinheiro para uma instituição beneficiente – mostrando mais uma vez como é que se pede dinheiro. Tocaram várias músicas populares e de filmes, a ponto de ficar ali um bom tempo ouvindo, comendo uma torte no café do parque (é ‘cortesia’ da roda-gigante)

Orquestra beneficente

DANAUINSEL

Segui para esta ilha no Danubio,  que é um lugar para o pessoal se reunir, com diversos barzinhos e deve ser muito gostoso, mas não sei se o tempo fechado ou se por ser meio cedo para um sábado, mas não havia quase ninguem ali e estava tudo fechado. Lógico que dei umas voltas, mas por ali já estava bom. De noite deve ser uma beleza!

Ponte para a ilha no Danubio

RINGERSTRASSE

Fui então para um passeio que todo guia de viagem diz que vale e não tinha feito ainda: pegar o Tram 2 para contornar a ringerstrasse. Mas lógico que, num dia com tanta coisa errada, este aqui também tinha que ser 🙂 Peguei o tram no ponto ‘final’ dentro do ring – e conforme fui andando, mais perdido ficava, até o ponto final num bairro distante do centro. Dei uma volta por ali, tomei um sorvete (mesmo distante da parte turística, atendente falando inglês) e voltei com o próximo tram no mesmo ponto, agora sim contornando direito o lugar. Realmente vale a pena dar uma volta por ali, mas fazendo este passeio, se depois de Rauthaus você parar numa faculdade, desça por ali que está no sentido errado…

Para terminar o dia, resolvi pegar um cineminha. Perguntei se não era dublado e para minha surpresa, quando o filme começou ele não só não era dublado, como também não era legendado – não que eu fosse entender a legenda, mas achei isso divertido. Como no caminho para o hostel começou a chover, dei por encerrada a estadia em Viena – que foi um tanto atribulada, mas nem por isto deixou de ser maravilhosa. 

Adorei demais a cidade, acho que 3 dias inteiros é o mínimo para ficar aqui, melhor ainda se forem 4 (e outro para Bratislava). No próximo post faço minha geral.

Um dia de Mozart II

A Mima vive falando que sou doido, faço em 1 dia o que alguém normal faria em uns 3, e o pior é que tenho que concordar com ela. Isto tem nome: maraturismo*  De todos os vicios negativos de viagem que já expurguei, este ainda é o maior.. já programo estadias maiores nas cidades, planejo bastante, compro entrada antecipada onde parece importante – mas continuo indo a lugares demais – e nem acho isso tão ruim. Cansa prá caramba, mas ao final do dia (e da estadia) dá gosto ter visto tanta coisa 🙂

E assim, depois de andar feito doido pela manhã, resolvi: já que fui no lugar de enterro de tanta gente, porque não conhecer um pouco mais sobre a vida deles? O mais famoso dos museus dos compositores é a Casa de Mozart, e para lá segui:

MOZARTHAUS VIENNA

A história de Mozart s em Viena é enorme; ali ele compôs várias de suas peças e viveu boa parte da vida. Esta é a única das várias casas de Mozart em Viena que está inteira até hoje. Ali ele viveu 3 anos numa casa que hoje não é muito grande, mas para os padrões da época… ela fica na Domgasse 5, perto da Catedral, e os 3 andares do pequeno edificio viraram um gigantesco museu.

Vista da casa de Mozart

Para entrar são 9 euros (15, combinando com a Haus der Musik, que foi o que comprei) e o Museu foca nos seus anos em Viena, suas composições ali feita (destaque para “As Bodas de Fígaro” compostas nesta casa). O tour começa no terceiro andar e vai descendo, sempre acompanhado do ótimo audio guide. O segundo piso é particularmente interessante, com cada quarto dedicado a uma peça: Figaro, Don Giovani, A flauta mágica… em diversos momentos também é comentado algo sobre Salieri, mudando um pouco a impressão que o filme  “Amadeus” passou.  Finalmente, no primeiro piso temos o apartamento de Mozart propriamente dito, onde mesmo após tantos anos, tentaram organizar o mais próximo possível ao que havia na época de Mozart.

Convite para "As Bodas de figaro"

 

Ao contrário de Schonbrunn ou da Opera, Mozarthaus não é um dos lugares realmente imperdíveis de Viena. Mas quem puder, vá! É bastante instrutivo, tanto sobre Mozart quanto sobre a própria sociedade vienense, que em sua época (1780) era uma das mais instruídas do mundo. Sem dúvida, 90 minutos muito bem usados…

HAUS DER MUSIK

Como havia comprado o combinado, segui para o último passeio do dia, um lugar que achava que ia ficar uns 30 minutos mas que foi uma grata surpresa. Lógico, até chegar lá me perdi um monte de vezes, e não há mapa que resolvesse minha vida… mas depois de uma boa caminhada, intercalada por sorvete, cheguei ao lugar certo.

Este ‘museu da música’ são 4 andares que compreendem desde a história da música, até interações onde você pode criar seu próprio CD usando sons naturais… O Primeiro é só para uma passada rápida, uma homenagem a Philarmonica de Viena, relembrando seus regentes e um pequeno cinema com a filmagem do concerto de Ano novo da filarmonica. A farra começa no segundo piso, que é extremamente interativo onde a gente faz diversos testes com sons ambientes, testa velocidade e altura de frequencias, brinca com a sonoridade das coisas… é bastante divertido e provavelmente o lugar onde mais fiquei. 

Casa da Música

O próximo é onde eu normalmente ficaria mais tempo, mas como já estava meio cansado, acabei passando um pouco rápido. Mas temos aqui diversas salas, cada uma dedicada a 1 músico: Haydn, Schubert, Strauss, Mahler, Mozart, Beethoven, etc… aqui temos um audio guide para ir seguindo pelas salas, com diversos documentos, itens pessoais, até mesmo instrumentos tocados por eles, tudo muito bem estruturado e montado.

Piano de Beethoven

E para terminar este piso, há o provável ponto alto da casa: uma Orquestra virtual. Você escolhe a música, recebe umas dicas de Zubin Mehta e começa a reger: indo bem, ao final os músicos aplaudem; mas se você for mal… logicamente é muito mais divertido quando você rege na velocidade errada e vê os tocadores se matando para acompanhar a velocidade.

Orquestra Virtual...não, este não sou eu

O último piso é o chamado Futurespace, um lugar que vi agora no site (http://www.hdm.at/ ) que foi desenvolvido pelo MIT, onde criamos sons do que eles chamam de ‘sons do futuro’, que é na verdade um monte de coisas com sons estranhos – por exemplo, fazemos músicas sentado num cockpit, ou socando umas ‘pedrinhas’… só vendo para entender 😉  O problema foi na hora de ir embora… é que não achei de jeito nenhum a saída, e a única porta que encontrei (e não estava sozinho) era a saída de emergência. Assim, mesmo com uma bela placa de ‘não passe ou soará o alarme’, lá fomos nós – ao final, deu tudo certo e depois de descer aquele monte de escadarias chegamos ao hall de entrada finalmente.

Resumindo: pensava em passar uns 30 minutos na Haus der Musik e fiquei umas boas 2 horas ou mais ali, principalmente nos pisos 2 e 4, a parte mais interativa. Acho que não é todo mundo que vai curtir, mas para mim foi uma bela surpresa, bastante divertido e uma maneira de conhecer coisas diferentes ali em Viena. Para ser perfeito o dia, só faltou algum concerto – mas já estava tarde e deixei estes para Praga.

Indo para o centro, a Stephandsom estava linda, parecendo filme de terror (e me fazendo lembrar das dezenas de corvos que havia na Polonia…)

Stephandsom

*Não sei quem inventou a palavra ‘maraturismo’, mas vi pela primeira vez esta palavra no “Viajenaviagem” e para ele dou os créditos…

Um dia de Mozart

Mais uma vez o planejamento é importante para ajudar a sair do planejado 😉 Graças aos dias maravilhosamente longos do verão europeu, consegui fazer o que tinha planejado ainda ceo, então pude ir para lugares que não achei que ia conhecer nesta viagem, aproveitando para aprender mais sobre a música vienense – que está entre o que há de melhor na música mundial.

Um monte de gente que estava no hostel vinha para um curso de música, então já me deixaram com vontade… depois, em todo lugar que você anda tem gente vendendo entrada para concertos, sempre vestidos a caráter: como Mozart em Amadeus*. Com tudo isto, a vontade é se esbaldar em música clássica – e isto deve ser feito com gosto!

STAATSOPER

Primeiramente, famosíssima Opera de Viena, perto dos metros Karlplatz e Opera. Como não há apresentações em Julho e Agosto, só pude fazer o tour mesmo (para apresentações, veja a agenda aqui e compre uma entrada no ‘last minute’ quando estiver lá). E mesmo que você vá para uma apresentação, pode ser interessante fazer o tour – isto porque vai até os fundos, vendo por trás do palco, e também passa nos camarotes vips e outros. É um passeio de 1 hora mais ou menos que vale ser feito. Agora: gostei mais da Ópera de Budapeste – podem jogar as pedras hehe.Detalhe: acho que foi o passeio em que mais vi brasileiros na viagem inteira, tá doido…

Opera de Viena

Opera de Viena

Visão da área VIP

Açúcar na veia

Ali pertinho fica o Café Sacher, para provar um dos pontos turísticos da cidade, a Torta Sacher – da qual fui mais um dos que saiu decepcionados…. não entendam errado: a tortinha é boazinha, bastante chocolate e uma geléia, mas não sei se vale 200 anos de fama! Ainda assim, é o tipo de coisa que se você está em Viena, tem que experimentar. Logicamente, tem o preço – uma tortinha desta mais um capuccino ficou uma fortuna – mas enquanto estava ali, me sentia um rei 😀

Um pouco de glicose faz bem…

BELVEDERE

Tram D até a parada Schloss Belvedere, que é um palácio de verão construido em 1736 para o Principe de Savoy, que já foi também residência de Francisco Ferdinando (para quem lembrar de história do ginásio, foi o assassinato dele que iniciou a Primeira Guerra) e se divide principalmente em Upper Belvedere e Lower Belvedere e para entrar nos dois, existe o combined ticket, por 14 euros.

O principal é o Oberes Belvedere (Upper) – infelizmente, mais uma vez não dá para se tirar fotos. O hall de entrada é lindo, assim como os diversos salões que você percorre, todos muito bonitos, com muito mármore e que devem ser vistos até o teto que é muitas vezes adornado.  Mas no final, o que temos de principal aqui é uma grande exposição de quadros, sendo o mais famoso “O Beijo” de Gustav Klint (só não falo que nem achei o quadro muita coisa para não perder leitores hehe). Além de diversas outras obras de Klint, temos vários outros pintores austríacos. Já estava meio cansado de tanta obra de arte quando fui ali, então talvez por isto tenha me decepcionado um pouco; o que realmente gostei foram dos salões e da vista que se tem dos jardins – esta sim impressionante (e para fora ainda dava para tirar fotos 🙂 ).

Vista do Lower Belvedere

Vista do Lower Belvedere

Jardins

O Unteres Belvedere(Lower) apresenta exibições temporárias em seus também lindos salões  e mais uma vez, gostei mais dos salões que da exibição – principalmente Marble e Golden Rooms. Também existe a Orangery com outra exibição temporária e vista para os jardins privados de Principe Eugene. Mas como falei, o mais bonito de tudo no palácio foram os jardins. Acima coloquei uma foto que tirei no verão, mas no site(http://www.belvedere.at ) achei esta foto do inverno que gostei a ponto de colocar aqui também.

Jardim de Belvedere

Upper Belvedere

Upper Belvedere

 Falando com os mortos

Não sabia, mas passando o Lower Belvedere havia outro ponto de parada de tram. Peguei para ir ao centro quando, lendo o nome das estações, vi que passava em Zentralfriedhof, um dos maiores cemitérios da Europa e ultima morada de alguns dos maiores da música. Não pretendia passar lá, mas sabia que existia – e já que estava perto, porque não? Assim, peguei o tram, descei em um Mac no meio do caminho (pois é, de vez em quando a gente apela hehe) e depois do almoço me mandei prá lá.

A parada é a Tor 2 (Portão 2), visto que é tão grande que há várias paradas por ali. Eu não fazia ideia de como chegar até os músicos, então fiquei andando por um tempo sem rumo, mas é fácil: vá direto após passar o portão, seguindo até a sessão 32 A. Ali você tem, todos juntos: Beethoven, Brahms, Schubert e Strauss  (há vários da família strauss por lá), além de um memorial a Mozart, que na verdade está enterrado em uma vala comum em outro cemitério, mas recebe sua homenagem com os outros gigantes. Quem se interessar, vale acessar.

Beethoven, RIP

Cemitério pode parecer um passeio meio estranho (tá bom, não parece… é mesmo), mas acho interessante por nos colocar no nosso lugar, mostrando o quanto a gente não é nada. E também por lembrar quanta gente incrível já passou por este nosso planeta, quanta gente já esteve aqui há tanto tempo, para estarmos onde estamos hoje.

Para mim, os mortos não sabem nada, não entendem nada e sei que ali existem somente ossos de grandes homens do passado, com bonitos memoriais em homenagem, mas não tive como não me emocionar um pouco, pensando em como Viena teve tanta gente com este talento absurdo em tão curto espaço de tempo. Gênios, que nos ajudaram a chegar onde estamos.

Continua no próximo..

*Além dos filmes de Sissi, vale muito a pena assistir a Amadeus, de Milos Forman – na verdade, vale assistir ao filme independente de Viena, porque é ótimo. Na Casa de Mozart (próximo post) há diversas menções a Salieri, o grande rival de Mozart no filme

Mais museus em Viena

Depois de um post totalmente fora do tema (e também uma espécie de explicação do porque não ter nada aqui esta semana, voltamos a nossa programação normal) 😉

Para o dia que fui a Schonbrunn, tinha marcado também mais um museu que neste dia fechava mais tarde, mas acabei terminando mais cedo do que esperava a visita. Como já comentei antes, adoro museus – particularmente os de história e Viena possui muitos deles, então fui direto para Hofburg fazer outra visita em um lugar que queria muito conhecer e não tive como por causa do médico.

SCHATZKAMMER

Também conhecido como Imperial Treasury, é o maior museu de tesouro do mundo, dividido em 2 seções: Imperial e Tesouros Sacerdotais. A entrada custou 12 euros, muito bem gastos. Na parte dos tesouros do império, temos coisas realmente impressionantes, como uma coroa imperial de 962 e diversas outras coroas mais novas (geralmente mais adornadas), cetros e roupas usadas pelos regentes do Império com o passar dos séculos. Também há pedras preciosas lindíssimas, como uma esmeralda gigantesca descoberta em 1558 na Colombia. Outro destaque é um berço onde nasceu e morreu um filho de Napoleão, quando este já havia dominado a Áustria.

Alguns dos tesouros do museu

Alguns dos tesouros do museu

Museus2

Na parte religiosa, várias vestimentas e coroas usadas por bispos, diversas cruzes e como principal um prego bastante grande, com um papel de um papa garantindo que aquele é um dos pregos usados na crucifixão de Jesus – a história está aqui e quem acreditar que este é realmente um dos pregos da cruz, fique a vontade…

Prego da cruz?

Prego da cruz?

Além deste e dos Apartamentos, há diversos outros lugares que parecem valer a visita em Hofburg, sendo o que mais me interessou o Lipizzaner Museum, dedicado aos cavalos da Escola espanhola de equitação, que fazem apresentações durante o ano quase todo, mas não no verão. Também há os museus de Neue Berg e Albertina, onde a Lais comprou um Van Gogh de lembrança, que eu procurei em diversos lugares, mas infelizmente não teve jeito…

KUNSTHISTORISCHES MUSEUM

Museu de Belas Artes

Este sim, o museu inicialmente planejado, que ficava aberto até as 21h00 neste dia. Ali temos um dos grandes museus da Europa, tendo como principal as coleções egipcia (impressionante) e grega, que são bastante interessantes. E por mais que já tivesse visto um monte de coisa, ainda fiquei quase 2 horas rodando por ali, porque realmente é muito bom. Entrada também a 12 euros

Entrada do museu

Hipopótamo de 2000 AC

Hipopótamo de 2000 AC

Dá prá ficar muuuuito mais tempo por ali, mas foi um dia bastante cheio e já estava mais do que bom. Comi uma bela Frankfurter na rua e de volta pro Albergue