Madrid – Geral

Quem leu o começo da viagem sabe que Madrid vai ser prá sempre inesquecível, principalmente por causa da Copa do Mundo , com a vitória espanhola. Além da cidade em si ser maravilhosa, ainda teve este clima de festa maravilhoso – e isto foi algo que influenciou demais, de maneira muito positiva, toda a estadia. E se a chance de eu voltar para algum dos outros países não é tão grande assim, Madrid é o lugar prá onde mais temos voos, então é praticamente certo que lá eu volto algum dia – até porque meu avô era espanhol, então tenho que voltar ainda para conhecer Toleto, provavelmente com meu pai de carona…

Madrid era a cidade que menos eu estava curioso prá conhecer, mas amei o povo, a festa, enfim tudo! Só não foi perfeito por causa dos 38º graus de cada dia do verã Madrileño, mas mesmo isto se supera 😉

Hospedagem

Foram 2 as passagens na cidade, cada um num lugar diferente… No começo eu preferi ficar sozinho, e creio que achei um bom lugar. O hotel é o Marial Alcazar ii, que não tem nenhum site especifico e na época eu não consegui encontrar informações suficientes sobre ele, mas me arrisquei e gostei bastante – e agora fui procurar e achei-o até bem avaliado no Trip Advisor   As grandes vantagens do hostal são o ar-condicionado (que falhou na ultima noite, prá desespero meu e de todo mundo lá) e a localização…. parecia estranha no começo, mas fica do lado da Gran Via, porém sem barulho, em frente a estação de metrô de Callao, que é razoavelmente central. Também tem uma wi-fi bastante razoável… o quarto é minúsculo, mas tem um lavabo e para 1 pessoa só é mais que suficiente. Paguei 26 euros/dia – e ainda foi surpreendido pela primeira atendente, que era brasileira…

Na segunda passada ficaria só 1 dia. Como era ultimo dia, a tentação de pegar um hotel decente era muito grande, mas no final a grana falou mais alto e fiquei no Mad Hostel  É bem razoável, próximo de estação de metrô porém não tão central assim (ainda que uma caminhada te leva até o centro em uns minutinhos…) . A diferença é que neste tem café-da-manhã (bem racionado, é verdade) – ficou 16 euros em quarto para 10 pessoas, com um ar-condicionado essencial e como fiquei só 1 noite, foi bom prá descansar neste dia.

O primeiro eu recomendo bastante, apesar das paredes finíssimas (o que deixava ouvir-se o barulho da vizinha de quarto escandalosa :p) – e peguei promoção tão boa que até a atendente que recebeu tomou um susto quando viu quanto eu estava pagando. Porém, se tiver mais caro, vale a pena pesquisar outras opções. O segundo foi bom para aquele dia, e pelo preço está bastante decente…

Transporte

O que não se faz a pé, use metrô – normalmente o passe de 10 viagens é a melhor opção, já que sai 1 euro por viagem. O ticket você compra nas maquininhas, e se possível tenha dinheiro, já que testei 3 máquinas diferentes usar cartão, e em nenhuma aceitou…

Do aeroporto para o centro também é a melhor opção e custa 1 euro a mais que você pode comprar já na chegada com o passe de 10, e na volta antes de passar nas catracas tem também que pagar 1 euro para conseguir sair – ou no momento de comprar o passe, já compre passe + complemento, que vem tudo certinho.  O metrô ali você tem que apertar um botão para abrir a porta tanto para entrar quanto para sair(assim como tive que fazer em Budapeste, Praga e outros…)

Só usei ônibus para ir até o Outlet, e trem não cheguei nem perto – mas o metrô vai para quase todo lugar e é muito bom. Pegue um mapa logo que entrar no metrô, e use-o sempre porque é muito bom para se achar nas conexões, visto que há muitas linhas. Tendo o metrô próximo da atração que você quer chegar, e o mapinha dele, você chega em qualquer lugar da cidade 🙂

Alimentação

Quem leu sobre a Espanha já sabe: almoço é o “Menu del dia“, com normalmente entrada (uma salada, algum outro prato ou meu adorado gaspacho), o prato principal e sobremesa – quase sempre um flan (daqueles de mercado mesmo) ou um sorvete – pode estar incluida também uma bebida..

O famoso Gaspacho

O principal deve ser a paella, que encontra-se em todo lado. E não vamos esquecer as tapas, que são aqueles pratinhos com diversis tira-gostos que acabam virando refeições completas. Como estava sozinho, estas eu acabei não aproveitando muito – mas no Mercado San Miguel pode-se encontrar várias meio caras, ou vá pela região próxima da Plaza Mayor que se encontra lugares especializados nelas. 

O único problema desta época em que estive é que, apesar de mega lotada a cidade, alguns dos lugares indicados pelo pessoal na internet estava fechados para férias…é o máximo que o pessoal prefira descansar, mesmo sendo a época onde poderiam estar mais ganhando dinheiro – gostei da filosofia deles 🙂
 

Clássico peixe com fritas na Plaza Mayor antes de embarcar prá casa

Fotos de Madrid estão aqui.

Compras em Madri

Como comentei no ultimo post, o último dia de viagem teria que ser de compras. Assim que já tinha até preparado para chegar ao Outlet, o que ao final do dia percebi que foi um desperdício de tempo, já que podia ter ficado só no centro da cidade que seria mais que suficiente… E claro: ao chegar em casa ainda tomei uma bronca porque comprei tão pouca coisa… definitivamente, isto não é prá mim! Mas vamos lá:

OUTLET

Há outros outlets na região, mas pelo que li este é o mais próximo: www.lasrozasvillage.com

É fácil chegar, basta pegar metrô até a estação Atocha que tem 3 linhas que chegam lá, e pedir par ao motorista te deixar no outlot Las Rozas – são uns 30 a 40 minutos.

No outlet, principalmente um monte de lojas de roupas, mas comprei foi algum tanto de cremes (ótimas lembranças prá mulherada) e também relógio achei bom preço. Porém, não se empolgue muito, não… passei no outlet inteiro e é sem dúvida muito melhor que este de Sampa (que de outlet só tem o nome), mas não tinha lá tanta coisa que gostei assim – mas não adianta se levar muito pela minha opinião 😉

REBAJAS

Muito mais que outlet, o negócio é estar em Madri na época das Rebajas: lojas em megapromoção, com gente prá todo lado passando com sacolas e mais sacolas – Estas promoções acontecem, senão me engano, no verão e no inverno – e quem estiver por lá nesta época pode aproveitar sem medo…

O lugar que achei melhor prá isto (e já tinha percebido na primeira visita) é a Calle de Preciados – um calçadão que liga a Plaza del Sol com Callao e a Gran Via, com tudo o que a mulher pode sonhar (e vai… até alguma coisa prá gente também ;). Pode acessar o link do google e entrar na parte de ‘ver rua’ que tem ali as lojas todas… De cima prá baixo primeiro passei onde me interessava, que era a FNAC – iPad tão caro quanto o Brasil e DVDs não muito diferentes, valeu prá comprar o FIFA pro computador 🙂

Depois, o sonho de consumo da brasileirada hoje que é a Zara. Prá ter uma ideia de como funciona, são 2 ou 3 andares para mulheres, outro para crianças e meio andar prá homens – precisa falar mais? E o que aqui é caríssimo lá parecia C&A, a ponto de eu ter comprado só umas 3 peças a algo entre 10 e 15 euros cada, e depois quase apanhar em casa quando a vimos as mesmas peças por uns R$ 100,00 num shopping: “Você não sabe comprar mesmo… na próxima vez tenho que ir junto prá te ensinar” é uma frase razoável depois disto hehehehehe

Ali também tem uma H&M que lembra a Macys, com vários andares e diversos tipos de produtos diferentes. Lógico que há coisas como Swarovski e outros para mais abonados, mas destes passei um pouco longe 😉 E nisto, já era quase hora de ir embora…

PLAZA MAYOR

Desci com aquele monte de coisas até a Plaza Mayor, que para minha completa decepção tinha um palco sendo montado bem no meio dela, o que tirou quase metade do prazer que era só ficar um tempo rodando ali na região… ainda bem que tinha ido muito antes deste palco, ou não teria entendido porque esta Praça a tantos encanta e a tantos séculos – é só ver a foto prá entender o que falo 😉

Plaza Mayor meio desconfigurada...

VOLTANDO

Cheguei 3 horas antes no aeroporto, prá pegar as coisas no guarda-volumes com tempo de poder arrumar tudo, e assim que entrei no avião e vi que ia viajar com uma menina de uns 2 anos do lado, já fiquei meio fulo (ao mesmo tempo pensando nos que vão pensar igualzinho quando for filho meu hehehe).  Por sorte, a menina dormiu que foi uma beleza. O voo foi ok, e chegamos em Buenos Aires na hora, umas 6h00 da matina (era Aerolineas Argentinas….).

O voo dali prá Sampa eu tinha marcado prá 20h00, que na época a ideia de ter 1 dia inteiro prá aproveitar Buenos Aires parecia ótima, mas mais de 20 dias fora de casa fazem a gente mudar de ideia, e eu queria era mais ir prá Sampa logo – se arrependimento matasse….   Perguntei na Aerolineas se tinha como adiantar o voo, e queriam cobrar 150 dólares, então fui pro Aeroporto com o transfer (estava em Ezeiza, prá Sampa saia do Aeroparque), e lá perguntei também pro pessoal, que disse que não tinha vaga. Fui então prá fila do checkin, quando a moça viu que eu ia sair sáo a noite e perguntou se eu queria ir mais cedo.. “Mas tem vaga?” “Sim, sem problemas” – “Que horas”? “Embarque em 20 minutos” UHUUUUU Já me passou na frente no checkin, e ainda deu tempo de comprar umas caixas de Havana (ADORO!!!), que lá é metade do preço aqui de São Paulo.

Em casa, direto pro médico ver que os remédios tinham dado bom efeito e seguir prá casa!!  Acho que agora só fala um post falando de detalhes informativos de Madri e boa!

Viajar é bom demais, mas voltar também é uma delícia 🙂

Back to Madrid

E aí, como foi de carnaval? Depois do inferno do ano passado (quase literal, após ficar umas 10 horas num ônibus fechado e sem ar-condicionado, no pior carnaval da história), este foi muito bom: ficamos fora um pouco da muvuca, entre Gramado e Canela – mas esta fica prá outro dia.

BARAJAS

Dentro do avião finalmente tive uma ideia simples e que me facilitou demais a vida: ia ficar 1 noite só na cidade, então prá que carregar aquela mochila enorme nas costas? Portanto, a primera coisa que fiz depois de desembarcar foi procurar um guarda volumes, ou Guarda-equipajes, algo assim… e logo na saída tem placa indicando onde fica. Portanto, para quem precisar, dentro do estacionamento tem lugar para deixar as coisas, tanto no terminal 1 quanto no 2.

O guarda-volumes tem pequeno e grande, sendo que minha mochila (que não era tão pequena) coube no pequeno 😉 Ficou pouco menos de 4 euros por 24 horas. Para pagar é preciso usar moedas numa máquina que não dá troco – e o pessoal que cuida lá quase xingava todo mundo que pedia trocado, portanto junte umas moedas para isto. Se passar de 24 horas, quando for retirar é só pagar a diferença.

Para deixar as coisas é só mostrar o documento e passar a mala no raio-x que fica em segurança.

Além disto, passei correndo na farmácia, que foi minha salvação – como já disse antes: após jurar prá atendente que estava quase indo prá casa, ela me passou um remédio forte prá caramba que em 2 horas já estava diminuindo aquele inchaço animal do braço…

PALACIO REAL

Como não tinha mais aquele mochilão, peguei o metrô (2 euros, só prá lembrar) e segui direto para o último ponto turístico que queria muito conhecer e não tive como no começo, o Palacio Real (no dia que eu ia, os reis estavam recebendo os jogadores recém-campeões mundiais de futebol em evento oficial no Palacio).

A entrada foram 8 euros e gostei do Palácio, porém depois de tantos castelos e palácios na viagem, já nem me impressionei tanto, mas vale a pena conhecê-lo pois é bastante bonito, também na parte externa.

Palacio Real

Jardins de Moro

Palacio Real

Um dos corredores, em foto escondida...

Mas o calor estava demais (vi um alerta pelo calor numa tv dentro do metrô), então fiquei não mais que 1 hora por ali- bom mesmo foi ficar sentado na grama em frente ao palácio, embaixo de uma árvore, só vendo o movimento 🙂 

Prá terminar o ultima dia útil de viagem, estava doido por um Gaspacho, uma sopa fria a base de tomate, com croutons e vinagrete, que é uma benção num calor daqueles – assim que o primeiro restaurante com menú del dia que tinha Gaspacho nas opções de entrada foi o escolhido 😉

No próximo post é o dia da volta, onde fui praticamente obrigado a passá-lo fazendo algo que não é prá mim: compras!!! Mas voltar prá casa de mãos abanando depois de 20 dias fora ia ser divórcio na certa hehehe

O dia seguinte

Depois de um jogo como este, o dia seguinte só podia ser de ressaca. E não deu outra: Madrid amanheceu uma segunda-feira com cara de feriado.

Cedinho fui conhecer o Palacio Real (não, os reis não moram ali). Claro que me perdi no caminho, mas depois de um tempo achei os jardins muito bonitos da entrada do palácio. Lá chegando, fui para a entrada e: “Fechado para atividades oficiais”. Que raio de atividade oficial seria essa? Depois de um tempo, descubro que os reis vão receber os jogadores! Claro, não é só o Lula que quer cumprimentar os campeões…

Palacio Real

Palacio Real

Seguindo então para a muito bonita Catedral de Almuneda(fica ao lado) e depois para os Campos de Moro, não sem antes comprar o ‘Marca’, dos grandes jornais esportivos da Espanha, em edição mega-especial. Campos de Moro é um jardim imenso que fica atrás do palácio, lindamente arborizado. Atrás deste jardim estavam armando o palco para a grande festa com os jogadores a noite.

O melhor dos parques é a sombra…

Este dia foi ao mesmo tempo o dia em que menos fiz algo e um dos mais proveitosos. Só ali pelos ‘Campos de Moro’ fiquei mais de 1 hora, lendo o jornal, enquanto o pessoal testava o som no palco na outra quadra – de vez em quando gritanodo “Campeoooones”, ou “Yo soy español, español, español”… festa é pouco prá explicar

Madri12

Almocei ali perto, onde experimentei a melhor sopa da vida: o gaspacho, que é uma sopa gelada, deliciosa e perfeita para aquela temperatura. Fui para o teleférico tentando entender qual seria o caminho, já que não há nenhum lugar mais alto na região – e realmente, o teleférico atravessa uns parques, mas não vai para nenhum morro. Então, a vista da travessia é mais interessante que a que se tem da parada dele. Mas para aproveitar, fiz como os locais e fiquei um tempinho deitado naquele gramado bom, lendo o resto do jornal.

Vista do teleférico

Vista do teleférico

 Dali, Templo de Debod – que é um templo egípcio inteiramente reconstruído em Madrid, algo totalmente diferente de se imaginar em um lugar daquele. Lógico que eu tinha visto errado a hora de funcionamento e estava fechado, mas tudo bem: ali tinha um chafariz enorme no fundo e o povo aproveitava o pequeno lago que formava para subir a perna da calça e se refrescar ali mesmo. Depois, caminho de volta ao Palacio Real, onde vejo os Jardines de Sabatini, com várias pequenas árvores e uma fonte com um bom pedaço de água no meio. Fiz como todo mundo: invadi os jardins do palacio, arranquei os tenis e devo ter passado uns bons 40 minutos por ali, só olhando pro tempo. Como nem tudo é perfeito, um casal de não sei que país, que estava por perto, comentou que enquanto descansavam, alguém roubou a bolsa da menina 😦

Bom lugar para refrescar

Bom lugar para refrescar

 

A rainha me deu tchau

 Conforme foi passando o dia, foi aumenando a quantidade de gente buzinando, gritando, saindo pelas ruas enfim… assim, segui meu caminho e este me levou à frente do Palacio Real novamente.  Enquanto seguia, começou a aparecer um monte de gente e foi se aglomerando ali mesmo. Óbvio que resolvi ficar   O tempo foi passando, a policia nos colocando cada vez mais longe de tudo, o burburinho aumentando, cada vez mais gente.. .até que começa a sair um monte de carros e de um deles saía uma mão dando tchauzinho! (que eu tenho em vídeo!!) O povo aplaudia tanto a rainha que percebe-se que realmente gostam dela. Até eu fiquei emocionado hahah   Logo após, passam 2 ônibus fechados, lotados com os jogadores – nem precisa falar que todo mundo (eu incluso) foi ao delírio! Esses 40 minutos esperando a rainha foram pagação de mico total, que eu jamais faria em casa – mas não me arrependo em absoluto – valeu a espera!

Comitiva real

Comitiva real

Recebendo os campeões

 Como a carreata estava marcada para acabar as 21h00, aproveitei para conhecer mais alguns pedaços do centro que ainda não conhecia, e ao final este último dia em Madrid, se por um lado foi um dia quase inútil, por outro foi também uma delicia! Mas o melhor estava por vir      Pelos cálculos, chegaria no hostel muito depois dos jogadores terem passado por ali – mas que nada… cheguei quase 9 e não havia espaço para caminhar. As ruas todas lotadas, as sacadas dos prédios tomadas –  e por ali fiquei com o povo quase 1 hora esperando. Como o pessoal nos prédios estava jogando água na gente na rua – e não era eguicho, não… o pessoal ia prá sacada e despejava baldes cheios – fui descendo a avenida. Mais ou menos 1 hora de espera até os jogadores apontarem lá looonge. E como subiam devagar, com todo mundo festejando feito loucos, nem aí pelo tempo.

Quando passaram ali perto foi aquela loucura completa, com os jogadores pulando nos caminhões, abaixando para dar as mãos a multidão, algo lindo de se ver. Até que um jogador(que depois descobri ser Piqué) pegou a taça e levantou! E ali consegui uma das melhores fotos que já tirei!

Los Campeones

Los Campeones

A Taça

A Taça

Campeooooooooones

Só percebi que estaria em Madrid na final da copa umas 2 semanas depois de comprar a passagem. Daquele momento em diante passei a ter 2 seleções do coração – 3, se contarmos o Uruguai. Quase sofri mais na derrota da Espanha na estreia do que quando o Brasil ficou de fora. Mas todo mundo já sabe a história.

No sábado já dava para sentir o clima. Primeiro, o monumento na Plaza de Cibeles estava embrulhado na bandeira. Depois, a disputa de 3º lugar no Mercado. Então domingo, 90 min antes do jogo, fui em direção a Puerta del Sol para ver a torcida. Dali até Plaza de Cibelles são poucas quadras, mas os carros tinham que tomar muito cuidado, dada a quantidade de gente passando. E quanto mais perto da Praça, mais gente e mais barulho. Todos gritando ‘Y VIVA ESPAÑA’.

Plaza de Cibeles pronta para a Final

Plaza de Cibeles pronta para a Final

O que eu não esperava era taaaaanta gente. Cheguei no 1º telão e não tinha nem como chegar perto. Assim, vamos seguindo a muvuca pelas ruas laterais, e passa 1, 2, 3 telões sem lugar – e cada telão tinha umas 2 quadras super-lotadas de gente. Gente em cima das árvores, nas barracas da região, até em cima de banheiro químico tinham uns malucos. Finalmente, uns 6 telões depois, e já perto do 7º, achei meu lugar. Não fazia ideia de onde estava, mas dali não sairia.

O JOGO
Lendo depois na internet, só vi comentários de como foi um jogo chato, sem graça, difícil de se ver. Pois para mim foi um jogo emocionante. Não dava para ouvir nada e mesmo o telão mal se via, mas cada tentativa de chegar a frente era uma loucura. Cada defesa de Casillas, corte da defesa.. um desespero. Só tinha ficado nervoso assim quando o São Paulo disputa suas finais. O pior eram as botinadas (e os holandeses bateram bastante neste dia). Mas a cada momento, recomeçava a farra, ‘y viva españa’, ‘somos campeones’, bandeiras, cornetas, a famigerada vuvuzela…

Tensão total

Tensão total

Até que, quando todos já estavam roucos de gritar, desconsolados por ter jogado melhor e não fazer gol, cansados de xingar o juiz – veio a expulsão. Parecia que era gol!! A festa foi gigante, junto das reclamações por demorarem tanto. Mas não adiantou, continuou tudo igual e os pênaltis estavam já na porta. Foi quando, praticamente no último minuto!!

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLL

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLL

Eu estava com a máquina na mão tirando foto e ao mesmo tempo sendo abraçado por gente com quem sequer compartilhei alguma palavra na vida. Acho até que machuquei alguem com a máquina – mas quem se importa?  Os ultimos minutos foram um misto de alegria e desespero para acabar logo. Quando finalmente terminou, o mundo explodiu de vez. Tinha cerveja sendo jogada prá cima (ok, era liquido e estava gelado…), todo mundo pulando abraçado… foi uma festa impressionante. O povo só começou a dispersar quando acabou a transmissão, depois de receberem as medalhas e levantarem a taça.

Só então vi como estava longe.. andei algumas quadras até achar um metrô, e era quase impossível entrar. Depois de conseguir perguntar para alguém, descobri que estava há uns 2 km da Plaza de Cibelles, e tinha uma boa caminhada até o hostel – mas foi ótima. Nesta 1 hora de caminhada, tinha gente pagando promessa no meio do caminho(tudo bem que macho sem cueca no meio da rua não é algo interessante), outro em cima de poste, até uns imitando remadores, sentados no meio da avenida.

Festa em Madrid

Festa em Madrid

Uns 5 grupos – nem ideia do que seja aquilo, mas ficou legal. Farra em todo lugar – e como o hostel fica bem pertinho da gran via, a festa foi até chegar ali!
Soube no outro dia que na hora do jogo (20h00 locais) fazia 38º, mas como escrevi no twitter: não havia melhor lugar no mundo para estar naquele momento que em Madrid.

O outro lado
Lá no meio da viagem encontrei um grupo de chilenos que estavam em Amsterdã na final. O que eles comentam é que a festa foi linda, com helicópteros jogando flores na torcida e coisas assim – e após o jogo o pessoal voltou muito triste para casa, mas ao contrário do Chile(e Brasil, devo dizer), foi tudo muito civilizado e bem comportado.

As diferenças.
* Como todo mundo com mais de 30, vi 3 finais de Copa no Brasil – mas aqui é diferente, sempre vi com a família. E apesar da festa ser grande, nós já ganhamos várias vezes. Lá, como nunca tinham ganho (e ainda tem a fama de amarelão) a festa foi simplesmente impressionante – uma escala muito maior. Gente do país inteiro foi a Madrid para poder participar da festa nas ruas.
* Ao final do jogo, tinham as buzinas, gritarias, a fumaça vermelha e tudo que estamos acostumados – mas não tinha fogos de artificio ou sequer rojão, algo tão normal aqui. Comentei com o pessoal do hostel e me responderam que, como é perigoso pegar fogo, ou machucar alguém, eles só usam estas coisas perto do litoral – mas não ali na cidade.
* Por último: fui dormir já eram quase 2, mas a bagunça ainda foi por bastante tempo. A sujeira era tanta que até foto tirei. Mas no dia seguinte, ao sair umas 10h00, a Gran Via estava quase limpa. Ainda cheirava urina, mas jamais diria que houve tanta sujeira apenas umas poucas horas antes. A organização do evento foi impecável!